A História da Igreja de Cristo #39 - As 95 Teses de Martinho Lutero – Parte 1

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Começaremos a estudar as 95 Teses que Martinho Lutero pendurou na parede do Castelo de Wittenberg, desafiando qualquer autoridade para um debate, pessoal, ou por escrito. Na aula de hoje, vamos estudar as treze primeiras teses.

Quem quiser acompanhar em vídeo o estudo, basta ver abaixo a nossa aula:


As primeiras teses de Martinho Lutero referem-se a “penitência sacramental”, que é uma regra da Igreja Católica que obrigava as pessoas a fazer sua Confissão de pecados aos Padres. De acordo com a fé católica, depois do Batismo, não é possível obter o perdão dos pecados se não fizer a confissão a um Padre. O texto base para a regra de penitência está em Mateus 4.17. Na versão católica está escrito dessa maneira: 

“Desde então, Jesus começou a pregar: “Fazei penitência, pois o Reino dos céus está próximo”. 

Basicamente, a palavra Penitencia quer dizer Arrependimento. Lutero entendeu que o Arrependimento vem a nível pessoal, e não o cumprimento integral de regras específicas, além do mais sendo obrigadas a ter o aval dos padres. Além de ser obrigado a confessar seus pecados para um padre para conseguir o perdão divino, existia também os “Cânones Penitenciais”, que era uma espécie de manual de regras criadas pelos bispos e padres para cumprir a penitência de diversos pecados para conseguir o arrependimento. O arrependimento é pessoal, e não precisava cumprir regras para obter a aprovação de Padres/Papa para conseguir o perdão divino.

1° Tese: Ao dizer: "Fazei penitência", etc., o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência. 

2° Tese: Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental.

3° Tese: No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a penitência interior seria nula, se, externamente, não produzisse toda sorte de mortificação da carne.

4° Tese: Por conseqüência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.

5° Tese: O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones

6° Tese: O papa não pode remitir culpa alguma senão declarando e confirmando que ela foi perdoada por Deus, ou, sem dúvida, remitindo-a nos casos reservados para si; se estes forem desprezados, a culpa permanecerá por inteiro.

7° Tese: Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário

Haviam também regras para fazer penitência pelos que já se foram, de forma, para que os mortos (depois de mortos) possam alcançar a salvação. As almas no Purgatório poderiam então ser salvas se os vivos fizessem penitências para elas. Criaram até as “penas do Purgatório”. Lutero comentou sobre isso a partir da 8ª tese:

8º Tese: Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos

9º Tese: Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade

10º Tese: Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório

11° Tese: Essa erva daninha de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.

12° Tese: Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição.

13° Tese: Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas.

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