Verdade no Espírito

Foto:Pixabay (Divulgação).

Como eram corajosos os primeiros cristãos! Eles aprendiam desde cedo que poderiam ser mortos pelo nome de Cristo. E morrer dessa forma era um orgulho para eles.

 

UMA PEQUENA LISTA DE MÁRTIRES

As Dez Perseguições Gerais (Apocalipse 2.10)

(O Reinado de Diocleciano teve 3 outros opressores: Maximiliano, Galério, e Constantino Cloro, pai de Constantino)

Aproveite e também se inscreva no nosso canal do Youtube. 

Foto: Divulgação.

Na lição 9 deste estudo, aprendemos como foi a formação dos quatro Evangelhos. Hoje aprenderemos como foi formado o Novo Testamento inteiro: este que vemos nas nossas Bíblias!

Sabemos que o Novo Testamento tem 27 livros, separados em Cinco Categorias: Evangelhos, História, Cartas de Paulo, Cartas Gerais e Profecia.

Já haviam várias cópias dos Evangelhos, além de outros livros em diversas Igrejas cristãs. Porém, a formação do Novo Testamento se deu primeiramente com a pesquisa feita pelo teólogo Orígenes.

No começo do terceiro século, Orígenes realizou uma pesquisa. A intenção dessa pesquisa visava conhecer quais eram as Escrituras que as Igrejas cristãs estavam usando nos cultos e ensino. Essa pesquisa acabou se tornando algo bastante importante, pois acabou servindo como cânon do Novo Testamento.

Por fim, essa pesquisa acabou dividindo os livros usados nas Igrejas em três grupos: 

GRUPO	DESCRIÇÃO	LIVROS
1°	Livros Amplamente Aceitos	4 Evangelhos, as 13 Cartas de Paulo, Atos, 1 Pedro, 1 João e Apocalipse
2°	Livros Questionados	Hebreus, Tiago, 2 Pedro, 2 e 3 João e Judas
3°	Livros Não Confiáveis	Evangelho de Tomé, Evangelho de Matias e Evangelho dos Egípcios

EVANGELHO DE TOMÉ → também chamado de Evangelho da Infância. Livro que supostamente falava de milagres que o Senhor Jesus tinha realizado quando criança, entre seus 5 aos 12 anos. Também mostra um Jesus cruel quando criança, usando seus poderes para vingança. Com o tempo, diz o livro, Jesus começou a usar seus poderes para o bem. Provavelmente não foi escrito pelo Apóstolo Tomé.

EVANGELHO DE MATIAS → livro escrito pelo Apóstolo Matias, que sucedeu Judas Iscariotes (Atos 1.15-26).

EVANGELHO DOS EGÍPCIOS → livro não aceito por ser um livro Gnóstico, que partem de ideologias não aceitas pela Igreja Primitiva.


Aprendemos na lição 11 sobre o Didaquê.

Orígenes acreditava que o Didaquê, também conhecido como Ensino dos Apóstolos, era um livro de autoridade, mas que não se encaixava no cânon do Novo Testamento, como Escritura.

Foto: Divulgação.

 Como já falamos na lição 3: os demônios derrotados na Segunda Guerra Celestial perseguiriam os (verdadeiros) cristãos! Tudo que acontece em nosso mundo, acontece primeiro no Mundo Espiritual. Já aprendemos que primeiro os cristãos esperaram pela vinda do Espírito Santo (líder da Igreja), para que depois o Evangelho possa ser anunciado pelo mundo.
   
E sabendo que os cristãos já estavam começando a se espalhar pelo mundo para trazer a Palavra da Salvação, era hora do Inferno contra atacar!

   
O Império Romano é o QUARTO IMPÉRIO da Estátua de Nabucodonosor, vista na Lição 23 (Módulo 4), sendo as pernas de ferro da Estátua. Ele durou 644 anos, entre 168 a.C à 476 d.C. Foram os soldados Romanos os responsáveis pela execução do Senhor Jesus na cruz. Dominavam toda a reunião da Judéia, que era a região Sul de Israel, ou Reino de Judá.

Israel foi dividido em duas partes depois da Queda de Salomão (que adorou Astarote, um dos quatro Príncipes do Inferno), mas por amor de Davi, o reino não foi dividido no tempo de Salomão (1 Reis 11.12). Os reinos eram Israel (também chamado de Reino do Norte) e Judá (também chamado de Reino do Sul). O Império Romano, quando dominava um reino, colocavam um representante, que dominava aquela área. Em Israel, eles dominavam a parte da Judeia, que era o Reino do Sul (Judá).

O Império Romano era comandado sempre por um Imperador, sempre substituído depois se sua morte. Na época da crucificação de Cristo, o Imperador de Roma era Tibério.

Até o tempo do Imperador Cláudio (41 à 54 d.C) os Romanos não faziam distinção em Judaísmo e Cristianismo, por diversas razões. A mais óbvia delas seja porque os primeiros convertidos em Cristo também eram judeus, estudavam as mesmas Escrituras e também oravam no Templo.


Claudio acabou morrendo, sendo envenenado a mando de sua sobrinha. Em seu lugar, acabou ficando o terrível Imperador Nero, ainda em 54. d.C.

Nero acabou colocando fogo em Roma (em 64 d.C), e colocou a culpa nos cristãos. O incêndio durou seis dias e sete noites. A partir do Reinado de Nero, ser cristão passou a ser crime. Os que eram pegos eram obrigados a renunciar sua fé, ou seriam cruelmente torturados. No seu reinado, foram executados os Apóstolos Pedro e Paulo. Os cristãos não foram perseguidos apenas por serem culpados de atear fogo em Roma, mas também foram acusados de odiar o gênero humano, porque eles combatiam a idolatria em Roma.



Quando o Senhor Jesus estava na Terra (antes de ser crucificado e ressuscitado), Ele anunciou a destruição do Templo de Salomão (Marcos 13.1-2).

A perseguição do Império Romano foi grave contra os cristãos (aprenderemos mais detalhes sobre isso na próxima lição) mesmo depois da morte de Nero. Através do Imperador Tito, o Templo de Salomão foi realmente destruído no ano 70 d.C. A partir daí, os cristãos daquela época começaram a abandonar o judaísmo.


O Coliseu foi um imenso estádio romano, construído por ordem do Imperador Vespasiano, também no ano 70 d.C. Suas arquibancadas tinham capacidade para 80 (oitenta) mil pessoas. O Coliseu foi construído em cima do lago da casa de Nero.  Milhares de cristãos foram torturados naquele local, diante da plateia eufórica!

Muitos cristãos eram mortos pelos animais selvagens que eram soltos ali, ou também a espada (como Priscila, que vimos na lição passada).

Foto: Divulgação.

 Como já sabemos, os primeiros cristãos também eram judeus. Eles frequentavam as sinagogas judaicas, mas também se reuniam nas casas de outros cristãos (Atos 2.46-47).

Haveria uma separação entre judaísmo e cristianismo a partir do ano 70, o que aprenderemos na próxima lição.


Apesar de existirem denominações evangélicas que guardam o Sábado (mandamento da Lei, e não de Cristo), os primeiros cristãos se reuniam aos Domingos, como fazemos hoje em nossas igrejas.

Satanás, o pai da mentira, através de livros como Código DaVinci (e outros vídeos na internet) sugerem que adoração a Deus no Domingo seria uma blasfêmia contra Deus, pois esse dia foi conhecido como “Dia do Sol” (Sunday).

Mas isso é uma mentira do diabo! E iremos explicar porque os cristãos (e nós) adoramos ao Senhor Jesus todos os Domingos. Isso vem desde a época da Igreja Primitiva (Atos 20.7).

Cristo ressuscitou no Domingo	Marcos 16.9
O Espírito Santo à Terra desceu no Domingo	Atos 2.1-4
Deus começou a criar o mundo no Domingo	Gênesis 1.5

OBSERVAÇÃO: até o ano 70, como os primeiros cristãos também eram Judeus, geralmente eles frequentavam a Sinagoga Judaica no Sábado (como manda a Lei), e participavam dos cultos e Santa Ceia no Domingo, na casa dos cristãos. Depois do ano 70, só haveria a cerimônia do Domingo.


Manual do Cristão da Igreja Primitiva: O Didaquê

O Didaquê (palavra grega que significa Ensinamento) era um pequeno manual para novos convertidos (neófitos), apresentando a doutrina da Igreja Primitiva. Também poderia ser conhecido como O Ensino dos Apóstolos. Essa obra tem 16 Capítulos e fala sobre o comportamento, o batismo, a comunhão (conhecida também como Eucaristia), sobre o culto de Domingo e até sobre o fim dos tempos.

Eu já falei sobre isso no meu canal do Youtube. Dêem uma olhadinha que eu explico um pouco sobre o que foi o Didaquê.

Exemplo de Mandamentos do Didaquê: os cristãos eram ensinados a jejuarem duas vezes por semana (as QUARTAS e SEXTAS), e também a orar três vezes por dia.

Porque tomamos um pequeno pedaço de pão e um pequeno cálice na Santa Ceia?!

1) Inicialmente a Santa Ceia era uma refeição completa.

2)  Ela não era feita dentro das sinagogas judaicas, mas sim na casa de outros cristãos.

Em certo momento, o Apóstolo Paulo ficou preocupado porque,  percebeu durante a Ceia uns comiam demais, outros não comiam suficiente (1 Coríntios 11.33-34). Por esta razão, as Igrejas não fazem mais uma refeição completa, mas apenas um pedaço de pão e um cálice de suco de uva, porque a intenção é lembrar do sacrifício que Cristo fez por nós numa cruz, e não encher a barriga!

No Didaquê, também havia instrução aos cristãos que, ao participarem da Santa Ceia, que antes confessassem seus pecados.

Aproveite e também se inscreva no nosso canal do Youtube.  

Foto: Divulgação.

O Senhor Jesus disse que seríamos odiados por causa do nome dEle (Mateus 10.22). A perseguição da Igreja de Cristo começou com os próprios judeus não-convertidos (Mateus 23.34-37). Durante os primeiros anos da Igreja do Senhor Jesus, os primeiros convertidos eram judeus, e que iam diariamente no templo (Atos 3.1).


Grupos religiosos judaicos perseguiram João Batista (que veio primeiro anunciar o Reino antes do Senhor Jesus, como aprendemos na Lição 5); grupos religiosos judaicos perseguiram também o Senhor Jesus, e também os Apóstolos. Eles são criticados severamente por João Batista (Mateus 3.7-12), e também pelo Senhor Jesus (Mateus 23).
   
FARISEUS: grupo de judeus ultraconservadores, apegados as tradições e costumes dos seus antepassados. Formado principalmente por pequenos comerciantes, entre outros membros da classe média em Israel. Tinham características nacionalistas e odiavam estrangeiros.

SADUCEUS: grupo de judeus formado por membros do alto escalão em Israel. Admiravam a cultura Romana (e o Helenismo), rejeitava as tradições dos antepassados, e só conheciam como regra a lei escrita. Eram opositores dos Fariseus.

FARISEUS	Judeus Ultra Conservadores e Nacionalistas em extremo.
SADUCEUS	Judeus mais liberais, que admiravam a cultura Romana.

Só para lembrar que Jesus (quando foi crucificado) recebeu acima na cruz uma inscrição (escrita em Latim, Hebraico e Grego) JESUS NAZARENO, REI DOS JUDEUS. Os principais judeus Sacerdotes NÃO QUERIAM que colocassem o Senhor Jesus como Rei dos Judeus → João 19.18-22

O primeiro homem a morrer pela fé em Cristo foi o diácono Estevão, ocorrida aproximadamente no ano 34 d.C (Atos 7.54-60), que acabou morto a pedradas pelos judeus. Outros homens de Deus também acabaram mortos pelos judeus, como o Apóstolo Tiago Menor (visto na Lição 6). Saulo, que depois se tornou o Apóstolo Paulo, também era fariseu (Filipenses 3.5), e também perseguiam os cristãos. Ele mesmo viu a morte do diácono Estevão (Atos 7.58-59, Atos 8.1).

A primeira mulher a morrer pela fé em Cristo foi Priscila (Romanos 16.3-4). Ela foi batizada pelo Apóstolo Pedro aos 13 anos. Ela acabou presa e amarrada, para ser devorada pelos tigres no Coliseu (ainda iremos falar sobre ele nas próximas lições), mas segundo conta a história, eles não a atacaram, e ficaram apenas lambendo seus pés. Então vendo que os tigres não a matariam, cortaram-lhe a cabeça!


 Saulo de Tarso era fariseu, e perseguia os cristãos (Atos 8.3). Sua história muda quando ele tem um encontro pessoal com o Senhor Jesus (Atos 9.1-7). Saulo acabou cego durante 3 dias, e também nesse tempo não comeu e nem bebeu (Atos 9.8-9). O Senhor Jesus enviou Ananias, falando com ele em visão (Atos 9.10-15). Paulo foi livre da cegueira. Acabou depois tendo um novo nome, sendo chamado agora de Paulo (Atos 13.9).

No Módulo 3 aprendemos (Lição 15) que o Apóstolo Paulo escreveu 15 livros do NT.