A História da Igreja de Cristo #45 - Jhon Wesley e O Pentecoste Metodista

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Aula em vídeo.


Depois dos Luteranos, Calvinistas, Anabatistas, Quakers, muitos outros movimentos foram surgindo pela Europa, a medida que as pessoas estavam conhecendo a Bíblia.

A Revolução Industrial (1760 à 1840 aproximadamente)

A Revolução Industrial começou com um processo de modernização do trabalho na Europa, já que agora os trabalhadores pudessem usar máquinas nos seus serviços. Essas máquinas ficavam num salão (ou oficina) conhecida como manufatura. O dono da manufatura pagava pela produção dos operários, como se fosse uma comissão pelo aluguel das máquinas da manufatura.

O problema disso tudo é que, almejando ganhar sempre mais, os operários eram forçados a trabalhar até 16h por dia por uma mixaria. Até mulheres e crianças eram usados como apoio para alguns chefes de família potencializarem sua produção. Buscando melhores condições de salário, e não sendo atendidos pelos donos das manufaturas, os operários então passaram a quebrar as máquinas dos seus patrões, de modo a sabotar a produção em algumas ocasiões. Nessa história toda, os únicos que ganharam foram os donos das manufaturas, já que o povo trabalhava para não morrer de fome, mas sofria porque o dinheiro era muito pouco. Eram altamente explorados.

As crianças também perdiam sua infância para ajudar os pais nas manufaturas, contraindo doenças de chagas. Com isso, houve um período de crise muito grande na Inglaterra. Foi nesse momento de crise imensa que surgiu o Movimento Metodista, criado pelos irmãos Wesley (John e Carlos Wesley).

Mas quem era Jhon Wesley?!

Jhon Wesley escreveu seu nome na História da Igreja por promover o Avivamento na Europa, com cultos de curas e libertação, algo não visto entre os Luteranos, Calvinistas e Anabatistas… Ele era o 12° filho de seus pais, e quase morreu quando tinha seis anos, quando bandidos colocaram fogo na sua casa. Ele foi salvo milagrosamente das chamas, e percebendo isso, sua mãe então percebeu que Deus tinha algo em especial com seu filho. Por conta de ser salvo do incêndio, Jhon Wesley foi chamado de “tição retirado do fogo”, uma referência existente em Zacarias 3.1-2.

Jhon Wesley então foi educado por sua mãe até aos 17 anos, quando foi para a Universidade. Ele também se tornou Diácono da Igreja Anglicana (uma igreja cristã de origem da Inglaterra), para exercer função ministerial ao lado de seu pai. Jhon Wesley chegou até mesmo pregar para os índios, nos EUA, onde ficou por lá durante 8 meses.

 “fui à América evangelizar os/as índios/as, mas quem me converterá?”.

Aos 29 anos, Jhon Wesley estava frustrado. Durante a visita nos EUA (de barco, não se sabe se foi na ida ou na volta para a Inglaterra), o navio foi atingido por uma tempestade. Havia um grupo de cristãos ali (cristãos Morávios, que eram cristãos da Boêmia, atual República Tcheca) que cantavam e não se importavam com a morte, e isso foi observado por Jhon Wesley, que não acreditava na tranquilidade daqueles cristãos que não temiam a morte. Isso foi um dos fatores que mudariam a vida e ministério dele nos anos seguintes.

Jhon Wesley tinha o hábito do jejum e da oração porque acreditava que isso era um caminho da salvação. Ele ainda não tinha entendido sobre a doutrina da Graça. Tudo isso mudou em uma das suas próprias reuniões, no dia 24 de maio de 1738, quando ele ouviu uma pregação sobre uma carta que Martinho Lutero escreveu a cerca da Graça, onde o Reformador usava o texto de Romanos. Ali, as escamas dos seus olhos foram tirados. 

Uma Igreja que se aproximava do Espírito Santo

Por muito tempo, o Cristianismo deixou de lado os dons do Espírito para sermões com palavras mais discursivas, embora muitos outros grupos cristãos menores (os “cristãos desconhecidos”) ainda mantinham o mesmo “padrão” da Igreja Primitiva, e outros movimentos, como os Quakers (que falamos na aula anterior). Depois de entender e confiar no Espírito Santo (sobre a Graça), a vida de Jhon Wesley foi mudada.

Ele já tinha o costume de buscar a santificação, bem como estudo diário da Bíblia. Antes das experiência divinas acontecerem em seu Ministério, ele formou um grupo de estudo, conhecido como Clube Santo, que era um grupo de estudantes da faculdade que Jhon Wesley fazia parte. Esse grupo se reunia pelo menos três ou quatro vezes por semana para orar, estudar a Bíblia, comentar sobre outros livros cristãos, e também fazer visitas aos presos. Com a fome e miséria em plena época da Revolução Industrial, esse grupo também decidiu ensinar a fé cristã com muita disciplina, dando também alimentos para quem precisa, sendo órfãos, pessoas na miséria e também presos. Foram chamados de Metodistas por conta de seu método disciplinar de conhecer a Bíblia e a fé cristã como um todo.

O Pentecoste Metodista

O Pentecoste Metodista iniciou assim, o avivamento que Deus traria no Ministério de Jhon Wesley e, que se arrastaria ao mundo todo, a partir de 1739. Tudo iniciou numa reunião do “Clube Santo”, no dia 1° de Janeiro de 1739, durante a Santa Ceia:

“Por volta das três da manhã, enquanto continuávamos em oração, o poder de Deus veio poderosamente sobre nós. tanto que muitos clamaram por excesso de alegria, e muitos caíram ao chão.” Diário de Jhon Wesley.

Dentro de um mês depois desse evento, um dos participantes dessa reunião, George Whitefield, já estava pregando para multidões. Três messes depois, Jhon Wesley também estava pregando para multidões. Dizem que essas multidões chegavam até 20 mil pessoas. Claro que as pessoas eram atraídas pela presença física de Deus, através dos dons, libertação e milagres, como nos tempos de Cristo e dos Apóstolos. Sobre as manifestações divinas, Jhon Wesley comentou:

“Eu não me recordo de nenhum texto da Escritura onde somos ensinados que os milagres devam ser confinados dentro dos limites da era apostólica …  ou qualquer período de tempo, maior ou menor, até a restituição de todas as coisas”

Jhon Wesley também comentou sobre porque a Igreja não tinha mais experiências com o Espírito Santo: 

“Não parece que esses dons extraordinários do Espírito Santo eram comuns na Igreja há mais de dois ou três séculos …  A causa real era que ‘o amor de muitos’, quase todos os chamados cristãos, ‘esfriou’. Os cristãos não tinham mais o Espírito de Cristo do que os outros pagãos … Esta foi a causa real porque os dons extraordinários do Espírito Santo não mais eram encontrados na Igreja Cristã; porque os cristãos foram novamente transformados em pagãos, e restou apenas uma forma morta”

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