A História da Igreja de Cristo #40 - Lutero foi obrigado a dar explicações

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Foto: Pixabay
Mesmo correndo risco de ser morto por apresentar a verdade diante do sistema Católico, Martinho Lutero manteve-se firme, porque sabia que Deus estava com ele. Ele estava decidido a responder todas as acusações que recebeu de Heresia, indo até o Conselho Católico que estava reunido na cidade de Worms, na Alemanha.


Lutero teve ajuda de um amigo, um Príncipe cristão da Saxônia (Estado Alemão), que conseguiu um salvo-conduto para o Reformador, de forma que ele não fosse hostilizado quando fosse dar explicações frente aos padres católicos. Mesmo com o salvo-conduto, pessoas próximas a Lutero insistiam para que ele não fosse até a cidade de Worms, com medo do pior. Confiando em Deus, Lutero não teve medo, respondendo da seguinte maneira:

“Se Jesus Cristo me ajudar, estou resolvido a nunca fugir do campo, nem abandonar a Palavra de Deus”

O que aprendemos nessa história?! Quem tem Fé, não tem medo. O verdadeiro amor lança fora todo o medo (1 João 4.18). Lutero não estava preocupado com as mordomias dos padres católicos. Ele só queria dizer ao mundo a verdade de Cristo, como revelado na Bíblia. Em outras palavras, queria fazer o trabalho correto para a obra de Deus. Ao chegar próximo da cidade de Worms, Lutero escreveu ao seu amigo que estava lá, pedindo para que ele arrumasse um quarto:

“Ouvi dizer que Carlos publicou um edito com o fim de me aterrorizar. Mas Cristo vive; e havemos de entrar em Worms ainda que as portas do Inferno, ou todos os poderes das trevas se oponham”.

Lutero estava certo. Os demônios não querem que as pessoas conheçam a Deus. Quando Lutero conseguiu convencer as pessoas do mal que a Igreja Católica estava seguindo por criar práticas sem contexto bíblico, colocaram a data do Dia das Bruxas no mesmo dia que a Reforma Protestante, 31 de Outubro.

Lutero enfrenta seus acusadores

Ao chegar no Concílio para dar explicações, Lutero viu na sua frente o Rei da Espanha Carlos V e o Imperador da Alemanha e seu irmão, o arquiduque Fernando, além de outras diversas pessoas importantes presentes. Quando os ânimos se acalmaram, o Concílio se iniciou com um silêncio solene. Um dos acusadores chegou para Lutero e disse as seguintes palavras:

“Em primeiro lugar, queremos saber sobre estes livros…” apontando com o dedo para uma mesa, livros escritos por Lutero, “foram escritos por vós. Em segundo lugar, se estais pronto a retratar-vos do que escrevestes nestes livros, ou se persistis nas opiniões que neles expusestes”

Lutero admitiu SIM para a primeira pergunta. Sobre a segunda, junto do seu Advogado, pediu para que desse algum tempo para a ele pensar no assunto. A sessão se encarraria ali, continuando no dia seguinte. Nesse meio tempo, Lutero dedicou-se em oração.

No dia seguinte, Lutero entrou forte e ousado no salão onde estava acontecendo o Concílio. Ele respondeu a segunda pergunta da seguinte maneira:

“Visto que vossa majestade e vós poderosos senhores me exigem uma resposta clara, simples e precisa, dar-vo-la-ei, e essa resposta é a seguinte – não posso submeter a minha fé nem ao papa nem aos concílios, porque é claro como o dia que eles muitas vezes tem caído em erro, até nas mais palpáveis contradições, com eles próprios. Se, portanto, não me convencerdes pelo testemunho das Escrituras, se não me persuadirdes pelos próprios textos que tenho citado, libertando assim a minha consciência por meio da Palavra de Deus, eu não posso nem quero retratar-me, porque não é seguro para um cristão falar contra sua própria consciência. Tenho dito… aqui estou. Não posso proceder de outro modo… Deus me ajude. Amém!”

Os padres e membros da Igreja quiseram prender Lutero na hora, mas foram impedidos pelo Rei da Espanha. Da mesma forma que fizeram com João Hus, que criaram uma lei repentina para anular o salvo-conduto, não conseguiram o mesmo com Martinho Lutero. É como o próprio Hus falou antes de morrer:

“Podem matar um ganso (na sua língua, ‘huss’ é ganso), mas daqui a cem anos, Deus suscitará um cisne””

O cisne era Martinho Lutero, que estava voando e a Igreja Católica não conseguiria colocar as mãos nele. Nascia a partir dali uma nova Igreja, voltada para a Bíblia como Autoridade, e não mais o Papa ou Padres, ou demais Concílios. A venda de Indulgências também estava chegando ao fim. Mas o Inferno não aceitaria a derrota. O contra-ataque viria.

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