Durante o Antigo Testamento, todas as pessoas que morriam desciam até o Inferno. Havia porém, um lugar para os Justos (que serviam a Deus) e para os injustos, os ímpios. Jesus falou sobre um rico judeu e sobre um mendigo, que comia muito provavelmente das sobras (ou do lixo) do rico, com os cachorros lambendo suas feridas. No fim, ambos morreram, e foram para lugares diferentes do Inferno.

O rico ficou sendo atormentado pelo fogo e pelas chamas, mas conseguiu ver o mendigo, chamado Lázaro, ao lado de Abraão (Lucas 16.22-24). O seio de Abraão era um paraíso que existia dentro do Inferno. Havia um abismo que separava ambas regiões, onde nenhum de um lado poderia atravesar o outro lado (Lucas 16.26). Repare que, o rico (morto e no Inferno) lembrou-se dos seus parentes na Terra (Lucas 16.27-28). Isso mostra que o texto de Eclesiastes 9.5 fala sobre as memórias dos homens, que ficam perdidas na Terra após a sua morte, e não sua consciência. O rico, morto, sofria e lembrava dos seus parentes na Terra. As almas do Inferno se preocupam com os seus parentes que estão na terra: elas não querem que seus entes queridos tenham o mesmo destino que eles tiveram. Eles tem consciência disso.

Uma coisa interessante Abraão disse em Lucas 16.29-31. Jesus morreu, ressuscitou e existem diversas provas históricas sobre isso, mas até hoje as pessoas não crêem no Inferno ou em condenação, ou mesmo no pós-morte.

Como todas as pessoas que morriam iam para o Inferno, Cristo também foi depois da crucificação

Depois da crucificação, Cristo desceu ao Inferno (Mateus 12.40), e por lá, ficou três dias no Inferno (no Kairós), que tem uma medida de tempo diferente do tempo da terra. Enquanto Cristo ficou três dias no Inferno, passaram aqui na Terra cerca de 39 horas aproximados no Chronos (morreu as 3h de Sexta e ressuscitou no inicio do dia de Domingo). Isso acontece por conta das diferenças de medidas de tempo do mundo real (Chronos) e Kairós (Mundo Espiritual).

Por lá muito provavelmente Ele fez duas coisas:

1) Pregou para os espíritos em prisão que foram mortos pelo Dilúvio (1 Pedro 3.18-20). Será que os espíritos em prisão estavam num lugar sem água?! (Zacarias 9.11).

2) Levou as almas que estavam no Seio de Abraão para o Terceiro Céu, e recompensou as mesmas de alguma forma (dons) (Efésios 4.8-10).

As Chaves da Morte e do Inferno

(Apocalipse 1.18)

Haviam espíritos em prisão no Inferno. Existem prisões no Inferno, mas não sabemos se existem prisões no Seio de Abraão ou mesmo nesse lugar onde estão os espíritos em prisão. Por quê talvez Cristo decidiu pregar para os espíritos em prisão?! Onde não tem lei, não tem pecado (Romanos 4.15). Durante a época de Noé, o Dilúvio devastou a raça humana, deixando apenas Noé e seus familiares como salvos. 

Não há como provar isso, mas talvez muitas pessoas foram atingidas pelo Dilúvio sem ao menos conhecer Noé, já que o Dilúvio atingiu o mundo inteiro. Quem sabe essas pessoas, que não foram alvas da Justiça de Deus, sejam esses espíritos em prisão?! Há muita coisa na Bíblia que é um mistério, mas esse comentário que fizemos aqui foi uma tentativa de tentar entender certas questões.

Como Jesus tem as chaves da morte, Ele poderia muito bem ter libertado esses espíritos de suas prisões, certo?! Além disso, como Ele também tem as chaves (ou Chave) do Inferno, muito possivelmente poderia entrar e sair de lá como quiser. Além disso, pode fechar os portais demoníacos (Portas do Inferno), já que o Ele mesmo disse que as portas do Inferno não prevalecerão contra a Igreja (Mateus 16.18). 

A Igreja sempre pregou que Cristo foi até o Inferno tomar da mão do diabo as chaves da morte e do Inferno. Não creio que isso seja realmente verdade. Por qual razão Satanás teria as chaves da morte e do Inferno, e como ele conseguiu isso?! Todos os demônios não possuem nem a chave do Abismo (que está com Deus), como podem ter as chaves da Morte e do Inferno?!

O que eu creio é o seguinte: Jesus SEMPRE teve essas chaves em sua posse. Ele tem autoridade sobre a morte e sobre o Inferno.